A proposta de arquitetura teve como base, voltar a vivência para o interior do lote, uma vez que a fachada principal está junta à via pública, não oferecendo privacidade no interior da habitação optou-se por não abrir qualquer vão ao nível do rés-do-chão para esta fachada, e sim para o interior do lote, que pela sua configuração garante a intimidade do interior. O espaço exterior é o prolongamento do espaço interior, também pela manipulação do terreno ao mesmo nível da cota de soleira da habitação. A implantação é de 68.00m2. Dado tratar-se de um edifício degradado pelo tempo e abandono, possibilitou a reorganização e adaptação dos espaços interiores, no projeto de uma compartimentação necessária à utilização de uma habitação, e neste caso em concreto, a falta de espaço foi uma constante, pelo que se recorreu à divisão habitacional do seguinte modo: No rés-do-chão, metade da área para a zona social, com cozinha integrada num recanto apenas para comportar os respetivos móveis e equipamentos, sala de estar e sala de refeições. A outra metade da área, para um quarto com closet que surgiu da cozinha exterior anteriormente construída, instalação sanitária de apoio ao quarto (com dimensões para que seja adaptada caso seja necessário). No primeiro andar, projetou-se 2 quartos, instalação sanitária de apoio aos respetivos quartos, bem como uma zona técnica. O espaço exterior contempla 1 arrecadação, 1 lavandaria, uma instalação sanitária, barbecue e parqueamentos automóveis.